Parênteses – Minha vozinha!

Hoje vou abrir um espaço aqui para falar sobre minha vó. Desculpem, mas quero prestar uma homenagem muito pessoal aquela que foi a minha 2a mãe e que ontem se foi deste mundo.

Dona Maria Ramalho, minha doce vozinha, era uma mulher corajosa, batalhadora, que viveu 30 anos trabalhando em uma lavanderia em S.Cristovão para manter os 4 fihos: Meu Pai Oswaldo, Minha linda tia Dalva que também se foi faz muito tempo e que deve estar agora dando as boas vindas no Céu para minha vózinha, Minha tia Jorgina, outra batalhadora, e meu tio Ronaldo, um dos filhos mais fantásticos que eu já vi na vida, tão generoso que deu a vida para cuidar dela todo este tempo, sempre ao seu lado. Dona Maria Ramalho, que ainda amou e adotou todos os netos, com muito carinho e muitos momentos felizes. Como eu te amo, minha vó!

A última vez em que estive com minha vó, deitei a cabeça do seu colo e fiquei lá, com ela fazendo carinhos na minha cabeça… Como é estranho que quanto mais a gente envelhece, mais precisa ser tratado como criança…

Eu não sei nada sobre este negócio de viver, muito menos sobre este de morrer, mas gosto desta fantasia de que agora ela está bem, agora ela voltou a encontrar a alegria que fazia algum tempo a havia deixado.  Só quero deixar aqui minha homenagem, meu adeus, um pouco do meu enorme amor por esta mulher que tive o orgulho de ter como avó. E que me amou muito, eu sei.

E peço, em homenagem a ela, aqui, a todos vcs que leem essas linhas: Respeitem os mais velhos, aproximem-se deles, deem atenção e carinho, eles tem muito a dar e a gente tem muito a aprender, porque todos vamos envelhecer, se tivermos sorte.

A coisa mais triste não é a velhice. É a solidão. Não deixem seus velhinhos sós. Eles deram muito. Eles merecem receber e vão continuar lhes dando amor até o último suspiro. Do jeito de cada um, pois cada um ama do jeito que é e não do jeito que queremos ser amados.