Plantas para dentro de casa – A Maranta

Já falei muito sobre as plantas fáceis de cuidar por aqui. Agora estou começando uma nova série de posts sobre as plantas para dentro de casa. Plantas de interior.

As plantas que funcionam melhor no interior das casas são as de sombra ou meia sombra e, na maioria, elas tem como característica chamar atenção por suas folhagens e não por suas flores.

Portanto, você vai ver nessa série plantas com belas folhas, como a que escolhi para iniciá-la: A Maranta.

Plantas para dentro de casa – A Maranta

As Marantas tem, como característica principal, suas folhas coloridas. Mas são bem diferentes em tons, desenhos, formatos e texturas.

Todas elas, e são mais de 30 espécies, são plantas tropicais com habitat natural em florestas úmidas, quentes e sombreadas. É sempre importante saber algo sobre o ambiente de onde vem uma planta, para tentar reproduzi-lo. Assim, ela se adaptará facilmente.

Então, para ter uma Maranta dentro de casa, tenha alguma luminosidade (perto de janelas sem incidência direta do Sol) e mantenha o solo e folhas levemente umedecidas. Evite ambientes com ar-condicionado e proteja-a das temperaturas muito frias.

São perfeitas para áreas sombreadas do jardim, formando maciços ou como bordaduras, e em varandas onde não bate Sol. Composições com mais de uma espécie facilitam a manutenção, já que todas podem ser tratadas no dia a dia da mesma forma, e criam um belo jardim tropical.

Para montar um jardim tropical com a Maranta, você pode compor com: samambaia, pacová, guaimbê, costela de adão, árvore da felicidade, pleomele, xanadu, etc. Tudo depende do espaço que possui.

A família é a Marantaceae e dentro dela temos o importante gênero Calathea, nome pelo qual também são conhecidas.

A maioria das Marantas são baixas (até 50 cm de altura), ótimas para cultivo em vasos com boca larga (elas podem se espalhar por até uns 60 cm). Suas flores não são ponto de destaque, em geral, o que é compensado pela exuberância das folhas.

Detalhes de 3 espécies

Maranta tricolor (Ctenanthe oppenheimiana)

Originária das regiões Sul, Sudeste e Nordeste da Mata Atlântica, ela possui folhas em tons de verde e rosa ou creme, com a parte inferior roxa, e é realmente linda! E não é tóxica para animais!

Maranta Pavão (Calathea makoyana)

Também nativa do Brasil, a Maranta pavão tem folhas em formado oval, verdes com linhas brancas, formando desenhos que parecem folhas.

Ela pode chegar a 1 m de altura e tem uma vida longa, até 20 anos sendo bem tratada. É uma das que mais precisa de boa luminosidade.

Maranta Zebrina (Calathea zebrina /Goeppertia zebrina)

Natural também da Mata Atlântica, Suas grandes folhas ovais aveludadas têm um formato elíptico, coloridas em tons claros e escuros de verde, que lembram as listras de zebras. Os pecíolos das folhas são longos. A planta pode chegar a 1,2m de altura.

Apresenta pequenas flores roxas no final da primavera, que ficam escondidas entre as folhas. Ela também gosta de boa luminosidade dentro de casa.

Maranta Burle-marx (Calathea Burle marxii)

Nomeada em homenagem ao paisagista e arquiteto Roberto Burle Marx, esta Maranta é uma planta híbrida (desenvolvida a partir do cruzamento de duas sementes naturais diferentes). A folhagem é mais arredondada, com tons de verde, formando desenhos que parecem uma pena ou folhas pontudas.

Uma característica interessante, não só da Maranta Burle Marx mas de muitas outras plantas é o fato de haver um mecanismo nas folhas que as faz se movimentarem de forma acentuada, buscando conseguir o máximo de luminosidade durante o dia e, à noite, se “fecharem”, expondo a parte inferior. Por isso, são chamadas de plantas Rezadeiras.

Como cuidar das Marantas

Para todas as Marantas o cuidado é, basicamente, o mesmo:

Luz: Proteja-as do Sol direto, mas o local deve ter luminosidade: Luz indireta por 3 a 4 horas por dia. Suportam ambiente fechado e sem boa iluminação se for movida, de 15 em 15 dias, para um local arejado. Mesmo assim, a sua coloração deve ficar menos pronunciada.

Uma boa dica é, dentro de casa, girar o vaso de vez em quando. Assim ela vai crescer por igual.

Temperatura: Elas não gostam de muito frio e são super sensíveis a geadas e ventos fortes. Vivem melhor em climas quentes ou amenos.

Solo: Ao plantar em vasos, misture 1 parte de terra comum, 1 de adubo orgânico e 1 de areia. Use vasos largos e com 30 a 40 cm de profundidade, com furos, argila expandida no fundo e certifique-se de haver uma boa drenagem. No canteiro, misture adubo orgânico e areia.

Rega / Umidade: Mantenha a terra úmida, mas não encharque. Quando estiver muito quente ou o ar estiver seco, borrife água em volta de onde a planta estiver. Alguns borrifam nas folhas e outras dizem que isso pode acarretar o aparecimento de ácaros.

Utilize água em temperatura ambiente. Vasos auto irrigáveis são ótimos para manter a umidade correta. Evite ar-condicionado ou aquecedores perto delas.

Adubo: fertilizante orgânico (humos de minhoca, esterco curtido…) a cada 3 semanas. Não é preciso adubar no inverno, período de dormência da planta.

Poda: Retire folhas secas ou mortas

E então? Gostou das Marantas? Qual você acha mais bonita? Comente!